EDIÇÃO 29 » MISCELÂNEA

Heads-up com Vivek Rajkumar

Explorando Falhas


Kristy Arnett

Vivek Rajkumar é um jovem jogador em ascensão que tem quase $2,9 milhões ganhos ao longo de apenas três anos. Aos 19 anos de idade, ele se formou pela Universidade de Washington, conseguiu um emprego na Microsoft e pediu demissão para jogar poker profissionalmente em tempo integral.

Ele começou como uma sensação da Internet, conhecido como “Psyduck” na comunidade do poker online, mas depois, ao completar 21 anos, transferiu suas habilidades com sucesso para os torneios ao vivo. Em sua primeira World Series of Poker, ele ganhou dinheiro em cinco eventos e chegou a uma mesa final. Também conquistou um título do World Poker Tour — no Borgata Poker Open 2008, levando mais de $1,4 milhões — bem como o Heads-Up Championship de $10.000 do L.A. Poker Classic 2009.

Rajkumar é conhecido por sua habilidade de discutir estratégia, e ele recentemente conversou com a Card Player TV para discutir a arte de tirar vantagem das fraquezas de seu oponente.

Kristy Arnett: Quando você está em um torneio ou cash game, e está tentando lucrar com as falhas de seus oponentes, o que você procura e quais são as falhas óbvias que você encontra com mais frequência?

Vivek Rajkumar:
Jogadores mais experientes geralmente entram de limp quando deviam dar raise ou fold. Por exemplo, em uma mesa com seis pessoas, caso alguém entre de limp do cutoff com um estoque efetivo de 100 big blinds, essa é uma indicação de que se trata de alguém um pouco mais novato em no-limit [hold’em]. A maneira de explorar isso é basicamente dar raise com uma diversidade de mãos do button, de modo a ter posiçao contra um cara que está jogando muitas mãos fora de posição entrando de limp. Você também vai encontrar pessoas tribetando ou aumentando muito, e deve explorá-las sendo mais agressivo contra elas pré-flop ou deixando sua gama mais tight e não dando muitos folds pós-flop.

KA: Como você aprendeu a explorar esse tipo de fraquezas?

VR:
Se você estiver envolvido em determinada situação muitas vezes, vai eventualmente aprender, desde que esteja ativamente tentando melhorar. Por exemplo, alguém continua entrando de limp. Em vez de entrar muito de limp com uma mão como 9-8 suited, eu pensaria: “Bem, não posso ficar heads-up e depois simplesmente apostar no flop e ganhar”. Eventualmente, essas situações vão ocorrer com frequência suficiente para que você aprenda a tirar vantagem delas se for um jogador inteligente.

KA: Quando você vê uma fraqueza em um oponente, é natural querer explorar sempre. Você pode explicar por que isso nem sempre é uma boa ideia?

VR:
Sim. Se alguém estiver entrando muito de limp, e você der raise todas as vezes em que ele fizer isso, ele eventualmente vai perceber e jogar no estilo “raise ou fold”. Portanto, de vez em quando, você deve entrar de limp com Q-10 offsuit ou K-10 offsuit de modo a encorajar aquele oponente a continuar entrando de limp. Esse é um exemplo de uma jogada explorável. Você não pode sempre seguir o caminho muito explorável. De certa forna, é preciso dar a seus oponentes espaço para continuar cometendo os mesmos erros que vinham cometendo antes.




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