EDIÇÃO 103 » COLUNA NACIONAL

Um desafio chamado rotina

O fator emocional na tomada de decisões


Ivan “RoyalSalute” Santana
Praticar um bom poker diz muito sobre se amparar em bons argumentos e então tomar boas decisões. Com tantas variáveis envolvidas, é natural que surjam questionamentos sobre qual a melhor opção em determinada situação. Que ótimo. Questionamentos aparecem para quem almeja evolução e ainda mais interessante é que bons jogadores têm diferentes posições acerca da mesma situação. Tudo bem. Divergir no poker é saudável e agregador, o que não pode faltar é confiança para se agir da forma como julgou apropriada.

Por mais embasadas que sejam, decisões também sofrem influência do aspecto emocional. No poker, por mais que se tenha experiência, novas e peculiares situações aparecem a cada dia. Para quem ama o que faz, um desafio mágico é articulado e estar confiante para enfrentá-lo é fundamental. Não vais ganhar todos os potes, mas vais brigar até o fim por cada um. Fazer o que for possível, o esforço mental a mais para uma situação. Há muito dinheiro morto no marasmo dos demais. Trata-se de jogar o jogo mão a mão, fazer o melhor de si pra cada situação. Dormir tranquilo. Quão frustrante pode ser a culpa por saber o que fazer e lhe faltar a coragem? Neste ponto, da coragem racionalmente amparada que não chega a ser desapego, é onde a experiência transborda.



Quando se está aprendendo poker, é natural que seu cérebro se oriente e tente aprender mais por resultado do que por decisão. Como assim? Você está em uma reta final de um torneio importante e toma determinada decisão. Por mais que julgue correta e tenha valor esperado positivo em longo prazo, o resultado final não necessariamente será feliz. Vide as bad beats. Cruel demais para um cérebro aprendiz e suficiente para envenenar a confiança em uma futura situação. Terminada a mão, é o momento de perceber que há muito lixo a ser reciclado no baú da aprendizagem e há também muito descarte, fundamentais pra continuidade focada no jogo e evitar catástrofes como o tilt.

 Profissionais de referência e times com bom suporte e estrutura auxiliam e muito a direcionar confiança para resultados regulares. Confiança não é algo metodicamente ensinável, porém é possível tornar-se mais preparado a partir da observação e troca de experiências com aqueles que já estão no campo de batalha a tempos. Forte abraço e sucesso nas mesas.


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