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Conheça Marcella Camargo, a primeira brasileira campeã do TCOOP

Jogadora do FLOW Poker vem se destacando nos feltros


 

26/01/2017 11:39
Conheça Marcella Camargo, a primeira brasileira campeã do TCOOP/CardPlayer.com.br
Marcella Camargo é a única mulher integrante do FLOW PRO TEAM


Marcella “MenininhaMah” Camargo, jogadora do time de poker FLOW POKER TEAM, cravou o Evento #32 do TCOOP, vencendo 8.674 oponentes, e conquistou um prêmio de 18.621 dólares, sendo mais de 10 mil em bounties. Com a vitória, ela se torna a primeira brasileira a conquistar um título no evento. “Fiquei bastante feliz por ter chegado onde almejei tanto. Foi um sonho realizado”.

Ela acredita que o essencial para a vitória foi paciência, foco e estudo, e que aplicar um jogo agressivo lhe deu uma vantagem em um torneio Win the Button. “Fiquei com stack confortável durante boa parte do torneio. Acredito que nesse formato a agressividade nas jogadas ajuda muito. No 4-handed, as coisas ficaram um pouco mais apertadas. Como eu estava em desvantagem em fichas e com um bounty considerável, aproveitei para jogar as melhores situações e consegui me manter no jogo”.


No fim do ano passado, Marcella foi também campeã do Evento Ladies no BSOP Millions, pelo qual recebeu 13.860 reais e conquistou a terceira posição no Mini Sunday Million, garantindo mais de 12 mil dólares. Há cerca de um ano no FLOW, ela aumentou em mais de cinco vezes seu lucro comparado aos quatro anos de grind antes do time — de aproximadamente 9 mil dólares, até dezembro de 2015, para mais de 48 mil.


Marcella entrou como jogadora do Pré-FLOW e, três meses depois, subiu ao PRO TEAM, grupo dos jogadores mais experientes do time. Atualmente, vem consolidando sua carreira principalmente no online, com foco nos buy-ins até 55 dólares do PokerStars. “No FLOW, aprendi a ter paciência, concentração, a me dedicar mais e a tentar errar o mínimo possível. A estrutura e o material oferecidos, reviews, aulas, o contato com outros jogadores, tudo isso é ótimo para a evolução da carreira”. Para ela, as coisas mais importantes para evoluir profissionalmente são: estudo, paciência, dedicação, foco e saber aprender com seus erros. “À medida que vem a evolução, a dificuldade e os desafios só aumentam. Essa transição é muito animadora e desafiante. Outro fator importante é não dar muita atenção ao que não podemos mudar no jogo, mantendo o foco sempre em errar o mínimo possível”.


Marcella Camargo foi campeã do Ladies Event do BSOP Millions 2016

Marcella foi campeã do Ladies Event do BSOP Millions 2016 (foto: Luiz Bertazini)


Ela aprendeu a jogar poker na faculdade e, desde então, nunca mais parou. Quando começou a jogar online, não tinha acesso irrestrito à internet e enfrentava dificuldades para que sua família compreendesse suas horas e horas em frente ao computador. Certa tarde, quando chegou do estágio, abriu uma tela, gastou $2,20 em um torneio $1,10+R, com quase 15 mil oponentes, e alcançou seu primeiro grande resultado: 10 mil dólares pela 2ª colocação. Naquele momento, conquistou um pouco mais da confiança dos familiares, conseguiu ajudá-los com o dinheiro e começou a pensar em ser uma profissional de poker. Porém, na época, estava em estágio, ainda cursava faculdade e não pôde se dedicar ao poker como queria.


“Preconceito existe em todo lugar e estamos aí para quebrá-lo. Tem que ter confiança, ir pro jogo e procurar usar o preconceito a seu favor”.

Depois de formada, ainda mantinha o sonho de jogar profissionalmente, mas receava que sua família não compreendesse a decisão. Conseguiu um emprego, mas não estava satisfeita. Enfrentou por meses uma grave depressão e, então, decidiu seguir o conselho dos médicos e fazer o que lhe dava prazer para tentar se recuperar. Começou a se inscrever em times de poker e passou na seleção do FLOW. Desde que começou a jogar profissionalmente, superou as crises de depressão e está construindo uma ótima carreira.


Única mulher do FLOW PRO TEAM, grupo principal do time, Marcella é uma profissional de destaque em uma área majoritariamente ocupada por homens. Ela acredita que o caminho é ignorar o desrespeito e acreditar em si mesma. “As barreiras que encontro são as mesmas que qualquer mulher enfrentaria em outras profissões, como jogadora de poker não é muito diferente. Já li muito desaforo nas mesas, cantadas imbecis e expressões pejorativas a meu respeito, pelo simples fato de ser mulher e estar jogando. Minha resposta a esse tipo de coisa é bloquear o chat da mesa e ignorar. Preconceito existe em todo lugar e estamos aí para quebrá-lo. Na minha opinião, tem que ter confiança, ir pro jogo e procurar usar o preconceito a seu favor, mostrar que a fragilidade feminina pode ser uma máscara na qual o oponente acredita e que, muitas vezes, vai colocá-lo em maus lençóis”.



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